Relacionamentos, sejam amorosos, familiares ou de amizade, deveriam ser espaços seguros, de apoio mútuo e crescimento. No entanto, nem sempre é assim. Às vezes, você pode se ver ao lado de alguém que, ao invés de incentivar seus passos, torce para que você fique exatamente onde está — ou pior, regrida. E quando isso acontece, é um alerta claro: essa pessoa não quer te ver crescer. E se ela não quer, você precisa correr.
Muitas vezes, a sabotagem vem disfarçada de preocupação, ciúmes ou “cuidado”. Frases como "acho que você está se esquecendo de mim com essa sua nova rotina", "isso não combina com você", ou "pra que tudo isso, já não tá bom?" podem parecer inofensivas à primeira vista. Mas, quando repetidas constantemente, revelam algo mais profundo: o desconforto do outro com o seu avanço.
É comum que, ao começarmos a crescer — emocionalmente, profissionalmente, intelectualmente — certas pessoas que estão ao nosso redor comecem a se incomodar. Não porque seu sucesso as prejudique diretamente, mas porque ele as confronta. Confronta suas escolhas, suas inseguranças, suas limitações. E para não se sentirem inferiores, preferem tentar diminuir o outro.
Em um relacionamento saudável, a felicidade do outro deve ser motivo de comemoração, e não de ressentimento. Se você começa a se desenvolver e percebe que a pessoa ao seu lado reage com frieza, ironia ou desprezo, isso é um grande sinal de que há algo errado.
Essas pessoas, muitas vezes, tentam te manter “no mesmo lugar” usando estratégias sutis, como:
Desmotivação constante: minimizam suas conquistas e fazem você duvidar da sua capacidade.
Chantagem emocional: colocam sua evolução como ameaça ao vínculo de vocês.
Sabotagem indireta: fazem comentários negativos nos momentos em que você mais precisa de apoio.
Controle velado: tentam controlar suas escolhas sob a justificativa de "saber o que é melhor pra você".
E, com o tempo, você começa a desacelerar, a desistir de projetos, a se autossabotar. Tudo isso para “manter a paz”, para não causar conflitos, para não ser “egoísta”. Só que abrir mão de si por medo da reação do outro não é amor, é aprisionamento.
A verdade é que seu crescimento escancara o que o outro não teve coragem de fazer. Quando você muda, se liberta, conquista, você mostra que é possível sair da estagnação. E para quem está acomodado, isso é doloroso.
Além disso, existem aqueles que associam controle ao amor. Eles acreditam que, se você crescer demais, vai deixá-los para trás. E ao invés de evoluírem junto com você, preferem puxar você de volta para a zona de conforto deles — mesmo que isso te sufoque.
Amor de verdade te empurra pra frente. Ele vibra com suas vitórias, te ajuda a levantar quando você cai e aplaude quando você se supera. Ele não se sente ameaçado pelo seu brilho, ele se orgulha dele.
Quem te ama de verdade quer ver você voar. E se for pra voarem juntos, melhor ainda. Mas se não conseguirem acompanhar, torcem mesmo assim. Porque o crescimento do outro nunca é uma perda para quem ama, é uma conquista compartilhada.
Se você identificou esse tipo de comportamento em alguém próximo — e mais ainda, se isso vem te impedindo de crescer, de se descobrir, de alcançar seus sonhos — é hora de fazer uma escolha com skokka. E talvez a mais importante da sua vida: se colocar em primeiro lugar.
Você não veio ao mundo para caber nos limites de ninguém. Não aceite ser podada para que o outro se sinta confortável. Você tem direito de crescer, de mudar, de ser melhor a cada dia. E quem estiver do seu lado precisa respeitar isso — ou se afastar.
É duro, eu sei. Mas correr, nesse caso, não é covardia. É coragem. A coragem de não permitir que ninguém apague sua luz. Porque quem não quer te ver crescer... não merece estar na sua caminhada.